ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

RADIOAMADORISMO COMO

ESCOLA DE IDIOMAS

 

Autor do artigo: Mário Keiteris PY2 M X K



RADIOAMADORISMO COMO ESCOLA DE IDIOMAS

escreveu : Mário Keiteris - PY2 M X K (*)

radioamador veterano. . . . . . . .

É conhecido por todos nós que estudamos uma língua estrangeira, de que o mais difícil dos nossos estudos é por em prática o que dia a dia vamos aprendendo.

As vezes é preciso falar e escutar a si mesmo diante de um espelho, tentando falar um idioma que nos soa estranho, mas a nossa maior dificuldade para desenvolver o que aprendemos é encontrar pessoas que estejam dispostas a conversar conosco.

Mediante o presente artigo é minha intenção dar a conhecer aos colegas e principalmente aos estudantes de idiomas um meio ideal para atenuar os problemas derivados da necessidade de praticar os idiomas através de um "hobby" perfeito para aqueles que em algum momento tem sentido a necessidade de compartilhar idéias ou de conhecer novas culturas e tudo isso sem sair de casa, através do radioamadorismo.

O radioamadorismo, a nível mundial, tem conseguido com o passar dos anos ocupar o seu próprio lugar na sociedade.

Hoje em dia a imagem do radioamadorismo tem transcendido de meros amadores da radio técnica para serem reconhecidos como usuários da radio comunicação e ativos colaboradores da proteção civil, normalmente se apresentam como protagonistas nas situações de emergência nas catástrofes em âmbito global.

O radioamadorismo durante os primeiros anos de sua existência não foi tomado em consideração até o conhecimento do afundamento do famoso transatlântico "Titanic".

Após esta grande catástrofe, foi a própria Armada Britânica a primeira a interessar-se para efetivamente equipar-se com aparelhos de radio para garantir a comunicação durante as suas buscas e a telegrafia sem fios tornou-se o ponto chave durante os resgates em alto mar.

Naquela época os radioamadores serviam-se dos equipamentos de rádio para comunicar-se com amadores de outros países apenas com a intenção de intercambiar conhecimentos técnicos, relatar suas experiências ou para localizar peças e componentes que faltavam e eram necessários para montar seus equipos, como é compreensível o rádio estava nascendo e os amadores não dispunham de outros meios e o que estava disponível naquela época eram aparelhos de rádio muito precários.

Ainda que na atualidade a finalidade inicial segue vigente, inclusive deu espaço a outras matizes de caracter mais humano e fazem deste "hobby" hoje uma das atividades mais completas e acessível das quantas estão ao alcance do cidadão comum moderno.

A sociedade atual vem globalizando-se e anulando pouco a pouco o indivíduo em prol de uma coletividade que o aprisiona, dificultando as relações pessoais e o próprio desenvolvimento da pessoa como elemento particular.

O rádio, na sua versão domestica facilita o conhecimento dos radioamadores a nível mundial, com o intercâmbio de idéias e o conhecimento de novas culturas.

O rádio permite que as pessoas com deficiências físicas participem sem limitações, iguala as condições sociais e raciais das pessoas e equipara as pessoas de distintas idades, o radioamador tem uma única finalidade, o desfrute da rádio comunicação.

É certo de que com a aparição da Internet, pode dar a impressão de que com esse meio todos os objetivos mencionados estão amplamente cobertos ou até superados na maioria dos casos, porém há um aspecto que diferencia o radioamadorismo da informática.

O usuário da Internet permanece a margem da ação física da comunicação, é como dizer : tudo que é relacionado com a técnica e até a própria conexão é relegada ao segundo plano, tornando como protagonista principal apenas a própria informação, não obstante o radioamadorismo baseia-se no conhecimento da necessária ação física e esta é possibilitada pela radio comunicação.

Para um radioamador o mais importante é conseguir o enlace com outra estação.

Dois radioamadores sempre sentiram uma grande satisfação quando conseguirem escutar-se mediante a utilização dos elementos que tem sido construídos por si mesmo, manifestando a efetividade de seus trabalhos e o bom desempenho dos seus equipamentos.

Do ponto de vista de um estudante de idiomas, o radioamadorismo tem um caráter de grande importância, pois com a facilidade de estar em sua própria casa ainda tem a possibilidade de praticar seus estudos sem realizar custosas viagens ao estrangeiro.

O rádio põem a disposição do radioamador e do estudante de idiomas uma ampla oferta de contatos com pessoas que vivem em outros países e existe um leque muito grande de idiomas falados, sendo os mais importantes por exemplo : o inglês, o espanhol, o francês, o alemão, o russo, o japonês e muitos outros.

Existem diversos tipos de acentos e formas de entender os termos lingüísticos, isso sem contar a tranqüilidade da sua casa e o que é mais importante, o aluno jamais será questionado na sua forma de se expressar.

Ainda é de conhecimento de todos de que os radioamadores utilizam códigos e sistemas de comunicação falada que facilita o entendimento quando desconhece completamente o idioma da pessoa em que esta contatando via rádio.

Graças a esses códigos dos radioamadores é possível manter qualquer tipo de comunicação seja qual for o idioma nativo do pais contatado.

Outra razão que faz do radioamadorismo o "hobby" ideal, é seu baixo custo econômico.

Tomando-se em conta e, incluso a Internet leva consigo um desembolso similar com referência ao equipamento de informática, se bem que com a Internet, mensalmente ainda existe a obrigação de fazer frente a conta do provedor, do telefone derivada das conexões e mais algum programa novo, ou ainda um "UP GRADE" para atualizar o computador.

No radioamadorismo não existe este problema uma vez realizado um investimento inicial, a mesma que em qualquer outra atividade lúdica em que se inicia.

Existe também outra modalidade de rádio conhecida por CB, que corresponde a usuários conhecidos como operadores da Banda do Cidadão, ou PX, que engloba equipamentos similares aos dos radioamadores de curto alcance efetivamente e esporadicamente a nível internacional, são muito utilizados para comunicados locais e nas estradas sendo que estes equipamentos são muito populares e bem mais acessíveis pelo seu baixíssimo custo e da grande facilidade para se obter a licença de funcionamento.

Se bem que não podemos dizer de que estes equipamentos para o PXista são os melhores para uma comunicação com países a grande distância, mas é um extraordinário meio se levarmos em consideração o baixíssimo custo destas estações de rádio e da grande facilidade existente para se obter a licença de funcionamento, a autoridade administrativa que ampara esta atividade (aqui no Brasil é a ANATEL), não exige nenhuma prova de aptidão do cidadão e é esta parte que diferencia a Banda do Cidadão do Radioamadorismo.

Para terminar não me resta mais nada a não ser convidar especialmente aqueles estudantes de idiomas que tiveram a curiosidade por este artigo a conhecer este "hobby" tão apaixonante e gratificante.

(*) O autor Mário Keiteris é radioamador veterano e escritor de livros de temas radioamadoristicos, já com 10 livros escritos e editados em São Paulo.

e-mail : py2mxk@canada.com Site Internet : http://www.py2mxk.home-page.org


 

Sobre o autor do artigo : Além de escrever artigos para Revistas e Jornais sobre Radioamadorismo o autor é ex Diretor de Cursos da antiga LABRE/SP., é ex Diretor de Cursos da Liga Paulista de Radioamadores L. P. R., é autor do livro Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência!, do Manual do PX e de outras obras relativas ao radioamadorismo, bem como das Apostilas de Preparo aos Exames no Ministério das Comunicações, doados na época para a LABRE/SP. comercializa-las.

É co-Autor da Apostila para exame de Técnica e Ética Operacional escrita no ano de 1.996 na Delegacia Regional do Ministério das Comunicações de São Paulo e em uso atualmente, também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D. Associação dos Radioamadores da Lithuania

 

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