ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

Radioamador X PXista

Autor do artigo: Mário Keiteris PY2 M X K (*)


 

  • Publicado no Jornal
  • Radioamadorismo & Faixa do Cidadão - ano VIII, nº 72 - pg. 06 ..........................................................


    Radioamador X PXista

    escreveu : Mário Keiteris PY2 M X K (*)

    Nota preliminar :

    Alguns colegas radioamadores não gostaram sequer da idéia de eu incluir na minha coleção dedicada ao radioamadorismo um livro sobre a Faixa do Cidadão (Manual do PXista), o que, por si só é exemplificativo das conturbadas relações entre estas duas atividades.

    O Serviço Faixa do Cidadão pode ser considerado uma forma de radioamadorismo?

    Responder esta pergunta aos olhos da legislação será um redondo "não".

    Mas de fato é possível encontrar uns raros operadores da Faixa do Cidadão, que reúnem as qualidades que definem aquele bom radioamador :

    1. O objetivo da instrução individual;

    2. o prazer na intercomunicação e;

    3. o estudo técnico efetuado a título pessoal e sem interesse pecuniário.

    Acontece que não possuindo uma licença das entidades competentes para o efeito, este operador PXista não pode ser considerado (pelo menos a título oficial) um radioamador.

    O que é o CB?

    O termo CB é a abreviatura do termo em inglês "Citizen's Band" (Banda do Cidadão).

    O Serviço tem este nome porque a principal idéia é ser um tipo de radio comunicação que qualquer cidadão pode usar.

    Dependendo do país que se viva pode-se tratar de uma atividade minimamente regulamentada ou mesmo um conjunto não regulamentado de canais usados para comunicações de curto alcance (locais).

    Depois de uma grande expansão nos anos 80 o PXista (CB), vive agora uma fase de certa instabilidade acentuada pelo fato de estar agendada para os próximos anos a proibição do uso de outros modos de modulação que não o FM.

    Até este momento a administração brasileira ainda não se manifestou se aplica ou não esta disposição sobre os modos de modulação para o Serviço da Faixa do Cidadão.

    Afirmo categoricamente de que uma grande parte dos radioamadores já tiveram uma passagem pela Faixa do Cidadão tendo depois alargado os seus conhecimentos tornando-se radioamadores.

    Uns trazem boas recordações da Faixa do Cidadão, outros fugiram de lá.

    Alguns aperfeiçoaram a sua forma de operar.

    Outros continuam carregados de gírias abrasileiradas que, além de serem ilegais no seio do radioamadorismo por constituírem códigos não normatizados, provocam um certo mal estar à comunidade radioamadorística por revelarem má operação e uma certa ignorância.

    A linguagem própria do PXista :

    Esse artigo foi redigido por minha pessoa de forma a defender a "linguagem própria da Faixa do Cidadão", desde que utilizada exclusivamente neste Serviço, portanto, nas freqüências da banda dos 11 metros, consignadas à Faixa do Cidadão.

    (... Contudo, penso que a crítica generalizada que os radioamadores fazem à forma de operar dos PXistas não é totalmente justificada uma vez que a vejo como uma característica própria desta banda e, pessoalmente, não me sinto nada incomodado nem constrangido com ela e até não consigo conceber situações concretas onde estas características possam ser prejudiciais a não ser para os próprios PXistas tendo em conta a duração suplementar das comunicações e o respectivo congestionamento da faixa...).

    Gostaria ainda de acrescentar que do meu ponto de vista a banda dos 11 metros foi consignada exclusivamente para o cidadão comum e leigo no assunto (seja ele quem for) e não para pessoas com interesses e quiçá aptidões especiais tais como as dos radioamadores...

    Aproveito aqui ainda para enumerar algumas razões que acabam por condicionar o perfil do utilizador da Faixa do Cidadão :

    1 - A finalidade do Serviço da Faixa do Cidadão não é a instrução individual como no radioamadorismo, o que se impõe predominantemente é o fator recreativo -

    "utilização das radiocomunicações de caráter utilitário e recreativo".

    2 - Não é necessário qualquer tipo de conhecimentos especiais ao cidadão devido á inexistência de exames de aptidão para obtenção da respectiva licença...

    3 - Fácil acesso a aparelhos novos e usados a baixo preço.

    4 - Inoperancia da fiscalização, que só vai fiscalizar os licenciados enquanto uma grande maioria dos Pxistas não o está...

    Ora, os fatores acima evocados explicam "per si" que para operar nos 11 metros apenas é necessário possuir o aparelho, e não os conhecimentos.

    (*) O autor Mário Keiteris é radioamador veterano e escritor de livros de temas radioamadoristicos, já com 10 livros escritos e editados em São Paulo.

    e-mail: py2mxk@canada.com - Site Internet : http://www.py2mxk.home_page.org

    telefone (011) 6748-13-45 SP. Cap.

    e.mail = py2mxk@canada.com

     

    site internet = http://www.py2mxk.home-page.org

    Autor do artigo : Mário Keiteris - PY2MXK

    Sobre o autor do artigo: Além de escrever artigos para a Revista e Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão, Jornal QTC de Porto Alegre, LY QTC da Lithuania é ex-diretor de Cursos da antiga Labre SP., é autor do livro Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência! e outras obras relativas ao radioamadorismo,bem como das Apostilas de preparo para exames no Ministério das Comunicações, doadas na época para a Labre S.P., comercializa-las. É Co-Autor da Apostila para Exame de Técnica e Ética operacional de 1.996 da Delegacia Regional do Ministério das Comunicações em São Paulo, também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D. Associação dos Radioamadores da Lithuania, é um dos membros fundadores do Gremio de Radioamadores da COSIPA (em Cubatão S.P.).

     

     

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