ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
Autor : Mário Keiteris PY2 M X K
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O FIO
Escreveu : Mário Keiteris PY2 M X K (*)
A nossa vida contemporaneamente é cercada de aparelhos elétricos e eletrônicos por todos os lados para facilitar as nossas tarefas do dia a dia e ao nosso laser também, isso torna a sociedade humana extremamente dependente do uso da eletricidade em todos os setores imagináveis.
E onde existe eletricidade, indubitavelmente existirá o fio.
Ao menos por enquanto, no nosso atual estagio de desenvolvimento tecnológico de terceiro milenio, no futuro próximo outras formas de transmissão de energia poderão vir a serem desenvolvidas e adotadas.
Ainda lembro-me muito bem, de quanto tive que quebrar a cabeça imaginando onde colocaria os mais de 80 pares de fios que ligavam os mais váriados equipamentos e os seus componentes periféricos alinhados e espalhados dentro do shack de minha estação de radioamador, sem embolá-los e sem se enroscar neles, uma tarefa quase que impossível.
Mas, uma vez solucionado o complicado problema estético, a magica não falha jamais, e é só apertar ou girar o respectivo botão "power" para sentir-mos a magia da corrente elétrica, ligando-se o transmissor podemos lançar a nossa voz no espaço; ligando-se um TV ou um rádio receptor temos as informações vindas via éter, ao ligar-mos o sistema compacto de discos (CD) e o amplificador, a musica jorra nos alto falantes como por encanto, ainda colocando 2 fatias de pão numa torradeira eles saltam para fora assim que estiverem tostados e no ponto para o nosso lanche, etc..
A alma dessa magia é a corrente elétrica, bilhões de trilhões de elétrons fluindo pelos fios e circuitos elétricos como corre a água em um rio.
Dada a importância do fio em nossas vidas, acho que ele merece ser mais bem compreendido e conhecido.
Para começar, todos nos já sabemos de que um fio elétrico comum é feito de dois materiais :
Na parte interna vemos uma substancia metálica capaz de conduzir a eletricidade, como o cobre, alumínio etc., e na externa um material isolante para proteção, como o plástico que vemos em torno do fio metálico.
O plástico nos protege de eventuais choques elétricos, que podem ser fatais.
O cobre como todo metal, é um excelente condutor de eletricidade é por onde flui os elétrons.
Isto porque os metais tem uma propriedade extremamente importante, que pode ser entendida em grau atômico.
Um átomo tem um núcleo, feito de prótons, nêutrons, e elétrons girando em torno.
Essa visualização do átomo como um mine sistema solar não é propriamente correta, mas é suficiente.
O núcleo de um átomo é constituído de prótons e nêutrons. Quando em seu estado livre os nêutrons se desintegram e dão origem a um próton de carga elétrica positiva, que tem uma vida media de 20 minutos.
Átomos de elementos diferentes tem números diferentes de elétrons e prótons .
O elemento mais simples, o Hidrogênio, tem apenas 1 elétron e um próton.
Já o cobre possue 29 de cada, o que difere os metais dos outros elementos químicos é a facilidade com que o elétron, aquele que esta na parte mais externa, pode ser extraído com facilidade.
São esses elétrons que fluem no fio, transportando a carga elétrica de uma extremidade a outra.
Os fenômenos elétricos já são conhecidos há muito tempo, Thales de Mileto, que viveu entre os anos de 640 e 546 Antes de Cristo, conhecia o fato de que o âmbar, quando atritado, adquire a propriedade de atrair corpos leves.
Contudo por mais de 2.000 anos, nenhum conhecimento cientifico no setor foi adquirido, até que no ano de 1.600 temos a primeira noticia sobre a eletricidade.
Precisamente neste ano de 1.600, Gilbert, médico da corte inglesa, escreveu o famoso livro "De Magnetic", que chegou a influenciar as pesquisas de Galileo Galilei na época, onde também foram empregados pela primeira vez na história as expressões "força elétrica", "atração elétrica", e onde se fazia uma distinção dos corpos em "elétricos e não elétricos".
No século XVIII é que se fizeram notáveis progressos.
Gray observou que a força elétrica poderia ser transportada a distâncias consideráveis vindo a descobrir a condutividade elétrica e distinguiu os corpos condutores e não condutores.
As duas espécies da eletricidade, a positiva e a negativa, foram descobertas quase ao mesmo tempo na França por Du Tai e nos Estados Unidos por Kinneraley.
Em 1.752, Franklin realiza sua famosa experiência com uma pipa num dia tempestuoso, descobrindo o principio dos pára-raios que logo a seguir tornaram-se famosos no mundo todo.
Neste mesmo século Henry Cavendish, estudou os princípios dos condensadores e descobriu a relação matemática.
Nos séculos XIX e XX, notáveis progressos fizeram-se sentir e todos os princípios básicos da eletricidade foram estudados e enunciados então.
A ciência que trata da distribuição e de outras propriedades da eletricidade em repouso é a Eletrostática, e a que estuda o movimento da carga elétrica é a Eletrodinâmica.
Depois de 2.550 anos da época de Thales de Mileto, estes notáveis progressos da ciência relativos a eletricidade apenas nos últimos 400 anos, nós tivemos a oportunidade de ver e sentir as facilidades que são oferecidas ao nosso dia a dia, você radioamador também foi muito bem favorecido pela eletricidade, apertando ou girando o botão "power" de seu transceptor é certo de que os elétrons em movimento farão o trabalho necessário para que você desfrute a totalidade de seu hobby.
(*) O autor Mário Keiteris é radioamador veterano e escritor de livros de temas radioamadoristicos, já com 10 livros escritos e editados em São Paulo.
e-mail :py2mxk@canada.com
site Internet -- http://www.py2mxk.home-page.org
Sobre o autor do artigo : Além de escrever artigos para a Revista e Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão, QTC de Porto Alegre, LY QTC da Lithuania, o autor é ex Diretor de Cursos da antiga LABRE/SP., é ex Diretor de Cursos da Liga Paulista de Radioamadores L. P. R., é autor dos livros Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência!, Manual de Antenas para o Radioamador, Manual do PXista e de outras obras relativas ao radioamadorismo, bem como das Apostilas de Preparo aos Exames de Radioamador, doados na época para a LABRE/SP. comercializa-las.
É co-Autor da Apostila para exame de Técnica e Ética Operacional escrita no ano de 1.996 para a Delegacia Regional do Ministério das Comunicações de São Paulo e em uso atualmente, também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D. Associação dos Radioamadores da Lithuania.
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